Publicado no Viomundo

(Produzido pela equipe da Editoria de Redes)

 

A terceira semana de campanha (antes do 7 de setembro)

Na terceira semana de campanha, os perfis individuais de Lula e Bolsonaro no Instagram apresentam estabilidade em duas categorias analisadas: interação e número de seguidores. Bolsonaro é sempre quem tem mais interações, e Lula é quem teve o maior crescimento no número de seguidores.

As diferenças vieram nas visualizações: na primeira semana, Lula venceu; na segunda, Bolsonaro. E agora, na terceira semana, Lula retoma a frente e apresenta mais visualizações do que Bolsonaro.

Quando analisamos as redes bolsonarista e lulista, também observamos mudanças. O Lulismo aproveitou esta última semana e retomou a liderança em visualizações e, pela primeira vez, teve mais interações que o bolsonarismo. O campo de Bolsonaro, por sua vez, manteve, pela segunda semana seguida, a frente no aumento no número de seguidores.

As duas redes do Meta mostram resultados distintos: enquanto o Facebook continua como um site de rede social no qual o bolsonarismo consegue interagir melhor do que o Lulismo, o Instagram é o campo em que a a candidatura de Lula consegue não apenas liderar, como o próprio ex-presidente tem um perfil que consegue superar Bolsonaro em diversas métricas.

 

As movimentações no 7 de Setembro  

 

No Google, o termo “imbrochável” e/ou “imbroxável” suscitou várias buscas de usuários – os achados mostram quatro pontos principais de pesquisa: dúvidas sobre o significado da expressão, seu uso (com alta vinculação ao grupo militar), utilizações da expressão por Jair Bolsonaro (PL) e repercussão na imprensa nacional e internacional. 

No Youtube, foram mais visualizados os vídeos analíticos relativos à postura do presidente associando o sentimento de vergonha com o uso do termo.

Mapeamos 236 vídeos nos dias 7 e 8 de setembro. Levando-se em conta os veiculadores de conteúdos, é importante citar a centralidade de canais jornalísticos em ambas as datas, especialmente os portais UOL, O POVO Online, CNN Brasil e Poder360. Considerando os dias anteriores ao evento, houve a centralidade dos canais Jovem Pan e Os Pingos No Is, de apoio a Bolsonaro, frequentemente envolvidos em conteúdos em preparativos para a data.

Foi expressiva a presença de conteúdos negativos para a imagem de Jair Bolsonaro em escala nacional e internacional. Dentre os materiais encontrados, foram evidentes as narrativas apontando machismo em seu discurso no 7 de setembro e abuso de fala. A exemplo, pode-se falar nas postagens “o “IMBROCHÁVEL e as masculinidades feridas”, “Independência ou imbroxável – a vergonha de um governo canalha” e “O imbrochável liberalismo: sobre a destruição política, cultural e espiritual do Brasil.” 

No Twitter, foram mapeadas 46.943 menções associadas aos termos “imbrochável”/“imbroxável” e 31.662 publicadores únicos que se envolveram nas narrativas. Os tuítes que foram mais retuitados e que tiveram mais engajamento no período foram todos críticos à fala do presidente no evento.  

Narrativas:

ANTES DO EVENTO: Mudança no inimigo – muito centrada nas urnas eletrônicas, aparece um embate mais focado na figura de Alexandre de Moraes. Mas isso não se consolida no discurso  

 

DURANTE E APÓS: Ganharam destaque as narrativas em tom crítico à fala do presidente – elas tiveram mais destaque, visualizações e engajamento. A questão do machismo surgiu com bastante força.